A fábrica do futuro representa uma transformação da automação tradicional para sistemas totalmente conectados e flexíveis, usando fluxos de dados de operações conectadas. Ou seja: a gestão de ativos já vem no DNA. Sendo assim, os ambientes de produção aprendem e se ajustam às novas demandas. Então, resolvi listar aqui hoje as principais tendências para uma fábrica do futuro.

1. Base enxuta e mentalidade de ROI

Uma base sólida é necessária para qualquer iniciativa de fábrica do futuro. Os processos e operações existentes devem refletir um alto nível de maturidade antes de qualquer transformação. Este é um pré-requisito para garantir a maturidade de pessoas e processos e permitir considerações de tecnologia. 

Uma visão clara e um roteiro para a fábrica do futuro devem ser estabelecidos com um caminho para tecnologias operacionais (OT) e tecnologias de informação (TI), abordando todas as funções da empresa, além do próprio processo de fabricação. É importante fazer do impacto financeiro e do retorno sobre o investimento (ROI) o epicentro da transformação, para alcançar um impacto sustentável e de longo prazo.

2. Interoperabilidade tecnológica

Essa interoperabilidade crescente está exigindo uma nova geração de talentos de engenharia com conhecimento multidisciplinar de sistemas de controle, protocolos e software de IoT, plataformas de nuvem e ciência de dados de inteligência artificial (IA) ou aprendizado de máquina (ML). Alguns fabricantes lutam para iniciar suas jornadas de digitalização devido a falta de tal talento interno. Para esses fabricantes, pode ser mais eficaz explorar um sistema de gestão de ativos completo, que faça essa análise e a dê mastigada para um time capacitado, em suas diferentes áreas.

3. Conectividade e dados em tempo real

Já falamos aqui algumas vezes que dados são o novo petróleo. Sim, eles são hoje o recurso mais valioso do mundo. Os dados brutos não são valiosos em si, mas, em vez disso, o valor é criado quando são coletados de forma completa e precisa, bem como conectados em tempo hábil a outros dados relevantes para formar métricas acionáveis. Afinal, os executivos de manufatura devem adicionar dados inteligentes à lista de seus ativos mais importantes para operações sólidas, ao lado de pessoas e equipamentos de capital.

Em primeiro lugar, uma estratégia de conectividade da planta deve ser estabelecida, incluindo estratégia de coleta de dados, tipos e fontes de dados e uma abordagem apropriada para plantas industriais de diferentes níveis.

É bem possível medir em tempo real, mas não pode melhorá-lo em tempo real. Dessa forma, a capacidade de agir e aprender com dados e métricas em tempo real tornará a fábrica do futuro mais responsiva, proativa e preditiva, e permitirá que a organização de manufatura evite o downtime, entre outros desafios da produtividade.

 Na próxima semana, vou trazer outras três tendências para a fábrica do futuro e o que podemos concluir disso tudo. Então, até lá.