Vamos falar de manutenção preditiva, mas de sob uma perspectiva diferente?

 Essa semana, fiz um check-up geral de saúde, como faço todo ano! Não poderia esperar menos de mim, como engenheiro mecânico e aficionado por gestão de ativos! Afinal, nesse caso estamos falando o meu principal ativo, meu coração, a bomba que mantém meus outros órgãos operando de modo adequado.

Claro, o coração é o principal ativo do corpo humano, ele pulsa vida, mas dei um geral também no que está “debaixo do capô”. Dessa forma, o interessante é que quando passamos por uma experiência como essa, verificamos como as técnicas de gestão preditiva de máquinas são as mesmas para nosso corpo.

E ainda como somos da área de gestão de ativos – manutenção, operação e facilities – vislumbramos que somos como os tantos médicos pelos quais passei durante o dia todo. Entretanto, somos médicos de máquinas.

Minha experiência no dia do check-up começou com o principal: eco do coração. E, fiquei ouvindo o médico ditar para sua assistente os calibres atuais das veias e artérias e os tamanhos dos átrios do coração. Nesse caso, resultado imediato, tudo certo com minha bomba pulsante de vida. Na indústria é como uma ultrassonografia de tubulações ou tubis de máquinas.

Em seguida, verificação de fluidos, sangue e urina, para uma termos um batalhão de indicadores – colesterol, LDL, HDL, hemograma, acido úrico, glicose, vitamina D e por aí vai – para correlacionar com os meus dados históricos e resultados de outros exames – nesse caso, esperando por resultados ainda. D e qualquer forma, tenho certeza de que todos estarão sob controle, exceção ao colesterol e outros devido a alguns hábitos que adquirimos com a idade – pizza, vinho, uma bela macarronada…ops, que fome!

Após alguns minutos na sala de espera da oficina de revisão de corpos humanos, vamos ver como está tudo debaixo do capô! Eco do abdômen completo! Tudo certo também, inclusive a gordura no fígado cai do nível 3 para nível 1 – 10 quilos a menos com muito esforço – bike e crossfit – bah, que preguiça….

E, aí vamos para o teste da máquina. Colocar a máquina na bancada de testes e ver até onde pode produzir esforços…Nesse caso, 10 min, com inclinação de 35º, velocidade de 6 km/h em uma esteira ergonométrica com um monte fios grudados do peito. Apesar de quase acabado com falta de ar, o médico da máquina, disse que tudo normal, dentro do esperado… Nesse caso, fiquei pensando, poderiam criar meu gêmeo digital e testar ele no computador, seria menos cansativo….

E quase no fim, algumas medições, diâmetro do abdômen – sem comentários – e calibre das carótidas – nesse caso passei com louvor – sem risco de afetar minha central de inteligência! E, finalmente, com o especialista em gestão de ativos humanos, tive a notícia de um comparativo final que minha máquina tem uma idade real e que idade projetada está de 3 a 5 anos mais avançada! Um banho de água fria?

Seria, se eu não fosse um engenheiro, prático e objetivo: é o indicativo que eu precisava para melhorar hábitos alimentares e praticar mais exercício – afinal, no pain, no gain! Sendo assim, é para isso que o nosso trabalho e sistema foram feitos e é por isso que a manutenção preditiva é tão eficaz: identificar e corrigir os estados de falhas para que as máquinas funcionem melhor e por mais tempo.  

Após essa experiência, minha reflexão: quando poderemos aplicar IoT em nosso corpo, como fazemos com máquinas e equipamentos em nossos clientes, para que possamos monitorar online esses parâmetros e ver o resultado em tempo real de nossas atitudes e hábitos?

Diante dos avanços tecnológicos, talvez alguns anos e você o que acha? E como está a gestão do seu ativo principal, hein? Afinal, não está na hora de um check-up? Fica a dica!

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